Tuesday, April 15, 2008

Escolas que rejeitaram o acordo (actualizado 23-04-2008)

Clique aqui para conhecer os 139 agrupamentos e escolas que se conhece terem rejeitado o "Memorando de Entendimento" entre Plataforma Sindical e Ministério da Educação.
  1. Agrupamento de Escolas Cávado Sul, Barcelos
  2. Agrupamento de Escolas D. Afonso IV, Conde de Ourém, Ourém
  3. Agrupamento de Escolas da Área Urbana da Guarda (Santa Clara)
  4. Agrupamento de Escolas da Batalha
  5. Agrupamento de Escolas da Ericeira
  6. Agrupamento de Escolas da Freixianda, Ourém
  7. Agrupamento de Escolas da Ribeira do Neiva, Vila Verde
  8. Agrupamento de Escolas das Marinhas, Esposende
  9. Agrupamento de Escolas de Almeida
  10. Agrupamento de Escolas de Alvaiázere
  11. Agrupamento de Escolas de Amares
  12. Agrupamento de Escolas de Cacia, Aveiro
  13. Agrupamento de Escolas de Celeirós
  14. Agrupamento de Escolas de Cerva, Ribeira de Pena
  15. Agrupamento de Escolas de Lamaçães, Braga
  16. Agrupamento de Escolas de Marrazes, Leiria
  17. Agrupamento de Escolas de Nogueira, Braga
  18. Agrupamento de Escolas de Oliveirinha, Aveiro
  19. Agrupamento de Escolas de Ovar
  20. Agrupamento de Escolas da Ribeira do Neiva, Vila Verde
  21. Agrupamento de Escolas de Santo Tirso (Escola de S. Rosendo)
  22. Agrupamento de Escolas de São Bruno, Caxias
  23. Agrupamento de Escolas de São Julião da Barra, Oeiras
  24. Agrupamento de Escolas de Taveiro, Coimbra
  25. Agrupamento de Escolas de Valdevez
  26. Agrupamento de Escolas do Monte da Ola, Viana do Castelo
  27. Agrupamento de Escolas Dr. Correia Mateus, Leiria
  28. Agrupamento de Escolas Frei Gonçalo de Azevedo, Cascais
  29. Agrupamento de Escolas Frei Gonçalo de Azevedo, Cascais
  30. Agrupamento de Escolas José Saraiva, Leiria
  31. Agrupamento de Escolas Lousada Oeste
  32. Agrupamento de Escolas Nº 1 de Loures
  33. Agrupamento de Escolas Professor Carlos Teixeira, Fafe
  34. Agrupamento de Escolas Rosa Ramalho, Barcelinhos
  35. Agrupamento Vertical de Escolas Clara de Resende, Porto
  36. Agrupamento Vertical de Escolas D. António da Costa, Almada
  37. Agrupamento Vertical de Escolas D. Pedro I, Canidelo
  38. Agrupamento Vertical de Escolas da Correlhã
  39. Agrupamento Vertical de Escolas de Alijó (D. Sancho II)
  40. Agrupamento Vertical de Escolas de Leça da Palmeira
  41. Agrupamento Vertical de Escolas de Peso da Régua
  42. Agrupamento Vertical de Escolas de Ponte da Barca (EBI e Secundária Diogo Bernardes)
  43. Agrupamento Vertical de Escolas de Prado, Vila Verde
  44. Agrupamento Vertical de Escolas Vale de Milhaços
  45. Agrupamento Vertical de Escolas de Vila Pouca de Aguiar
  46. Escola Básica Integrada da Charneca de Caparica
  47. Escola Básica Integrada da Mexilhoeira Grande
  48. Escola Básica Integrada de Colmeias, Leiria
  49. Escola Básica Integrada de Forjães, Esposende
  50. Escola Básica Integrada João Roiz, Castelo Branco
  51. Escola EB 2.3 Álvaro Velho, Lavradio
  52. Escola EB 2.3 Atouguia da Baleia
  53. Escola EB 2.3 Carlos de Oliveira, Febres
  54. Escola EB 2.3 da Caranguejeira, Leiria
  55. Escola EB 2.3 da Correlhã, Ponte de Lima
  56. Escola EB 2.3 da Gafanha da Encarnação, Ílhavo
  57. Escola EB 2.3 de Bento Carqueja - Oliveira de Azeméis
  58. Escola EB 2.3 de Caldas das Taipas, Guimarães
  59. Escola EB 2.3 de Dairas, Vale de Cambra
  60. Escola EB 2.3 de Marinhais, Salvaterra de Magos
  61. Escola EB 2.3 de Montelongo, Fafe
  62. Escola EB 2.3 de Nisa
  63. Escola EB 2.3 de Nogueira, Braga
  64. Escola EB 2.3 de Penedono
  65. Escola EB 2.3 de Real, Braga
  66. Escola EB 2.3 D. Luís Mendonça Furtado, Barreiro
  67. Escola EB 2.3 D. Maria II, Vila Nova de Famalicão
  68. Escola EB 2.3 Frei Bartolomeu dos Mártires, Viana do Castelo
  69. Escola EB 2.3 Gafanha da Nazaré, Aveiro
  70. Escola EB 2.3 José Ferreira Pinto Bastos, Ílhavo
  71. Escola EB 2.3 Mário Beirão, Beja
  72. Escola EB 2.3 Padre António Luís Moreira, Carvalhos
  73. Escola EB 2.3 Rosa Ramalho, Barcelinhos
  74. Escola EB 2.3/S de Arcos de Valdevez
  75. Escola EB 2.3/S de Arcozelo - Ponte de Lima
  76. Escola EB 2.3/S de Maceira, Leiria
  77. Escola EB 2.3/S Miguel Torga, Sabrosa
  78. Escola EB 2.3/S Monte da Ola, Viana do Castelo
  79. Escola EB 2.3/S Pintor José de Brito, Viana do Castelo
  80. Escola Sec./3 Artur Gonçalves,Torres Novas
  81. Escola Sec./3 da Trofa
  82. Escola Sec./3 de Amora
  83. Escola Sec./3 de Camilo Castelo Branco, Vila Nova de Famalicão
  84. Escola Sec./3 de Esmoriz
  85. Escola Sec./3 de Henriques Nogueira, Torres Vedras
  86. Escola Sec./3 de Latino Coelho, Lamego
  87. Escola Sec./3 de Montejunto - Cadaval
  88. Escola Sec./3 de Palmela
  89. Escola Sec./3 de Póvoa de Lanhoso
  90. Escola Sec./3 de Sá de Miranda, Braga
  91. Escola Sec./3 de Santa Maria da Feira
  92. Escola Sec./3 do Entroncamento
  93. Escola Sec./3 Dr. Jorge Correia, Tavira
  94. Escola Sec./3 Dr. Manuel Fernandes, Abrantes
  95. Escola Sec./3 Ferreira de Castro, Oliveira de Azeméis
  96. Escola Sec./3 Morgado de Mateus, Vila Real
  97. Escola Sec./3 S. Pedro, Vila Real
  98. Escola Secundária Afonso Lopes Vieira, Leiria
  99. Escola Secundária Alfredo da Silva, Barreiro
  100. Escola Secundária Aquilino Ribeiro, Porto Salvo
  101. Escola Secundária Artística António Arroio, Lisboa
  102. Escola Secundária Camilo Castelo Branco, Vila Real
  103. Escola Secundária Clara de Resende, Porto
  104. Escola Secundária Conde de Monsaraz, Reguengos de Monsaraz
  105. Escola Secundária D. Afonso Sanches, Vila do Conde
  106. Escola Secundária D. Inês de Castro, Alcobaça
  107. Escola Secundária D. Maria II, Braga
  108. Escola Secundária D. Martinho de Castelo Branco, Portimão
  109. Escola Secundária da Cidadela, Cascais
  110. Escola Secundária da Mealhada
  111. Escola Secundária da Póvoa de Lanhoso
  112. Escola Secundária de Alves Redol, Vila Franca de Xira
  113. Escola Secundária de Arganil
  114. Escola Secundária de Barcelos
  115. Escola Secundária de Figueiró dos Vinhos
  116. Escola Secundária de Lousada, Porto
  117. Escola Secundária de Monserrate, Viana do Castelo
  118. Escola Secundária de Olhão
  119. Escola Secundária de S. Pedro, Vila Real
  120. Escola Secundária de Santa Maria, Sintra
  121. Escola Secundária de São Pedro, Vila Real
  122. Escola Secundaria de Tavira
  123. Escola Secundária de Vagos, Aveiro
  124. Escola Secundária Domingos Sequeira, Leiria
  125. Escola Secundária dos Casquilhos, Barreiro
  126. Escola Secundária Dr. Augusto César da Silva Ferreira, Rio Maior
  127. Escola Secundária Dr. João Araújo Correia, Régua
  128. Escola Secundária Eng.º Acácio Calazans Duarte, Marinha Grande
  129. Escola Secundária Francisco Rodrigues Lobo, Leiria
  130. Escola Secundária Ibn Mucana, Cascais
  131. Escola Secundária Infanta Dona Maria, Coimbra
  132. Escola Secundária Luís de Freitas Branco, Paço de Arcos
  133. Escola Secundária Madeira Torres, Torres Vedras
  134. Escola Secundária Manuel Cargaleiro, Amora
  135. Escola Secundária Marquês de Pombal, Lisboa
  136. Escola Secundária Maximinos, Braga
  137. Escola Secundária Padre António Vieira, Lisboa
  138. Escola Secundária Pinhal do Rei, Marinha Grande
  139. Escola Secundária Sebastião da Gama, Setúbal

(estes dados estão a ser colectados junto do Movimento Cívico em Defesa da Escola Pública em: emdefesadaescolapublica.blogspot.com ) Se tem mais informações envie para em.defesa.da.escola.publica@gmail.com ou profscontraacordo@gmail.com

Monday, April 14, 2008

Não foi para fazer este acordo que 100 mil professores foram às ruas!

O “Memorando de Entendimento” assinado pelo Ministério da Educação e a Plataforma Sindical dos Professores no dia 12 de Abril está muito aquém da força demonstrada pela luta dos professores na manifestação de 8 de Março, que reuniu cerca de 100 mil professores em Lisboa, e nas que a precederam em todo o País. O Memorando consagra um recuo do governo em relação à avaliação e à carga horária da componente não lectiva, e neste sentido é uma vitória dos professores. Este recuo, no entanto, não contempla o fim do método da avaliação proposto pelo Governo, o diploma regulamentar não é sequer revogado, antes pressupõe a aplicação do mesmo a partir do próximo ano, mas agora com a participação dos sindicatos na construção dos critérios.

Não aborda em um único ponto a nova figura de director de escola, que estava inscrito nas reivindicações aprovadas na marcha da indignação. Não diz uma linha sobre a divisão da carreira em professores titulares e não titulares. Basicamente, não consagra as principais reivindicações dos professores: a revogação do Estatuto da Carreira Docente e do novo modelo de gestão escolar, peças fulcrais da política deste Governo, e que na essência este conseguirá manter. No final das contas é um recuo pequeno em relação à força de um movimento que reivindicava muito mais: uma alteração profunda em toda a política do governo Sócrates para a educação, concretizada nas várias palavras de ordem a exigir a demissão da ministra Maria de Lurdes Rodrigues.

O movimento dos professores tinha – E TEM – condições de impor alterações profundas na política do governo para a educação, não só em relação à avaliação e ao novo modelo de gestão, mas em vários outros aspectos. E tinha – e tem condições – de impor a demissão da ministra, o que representaria uma grande derrota do governo Sócrates e das suas políticas contrárias aos interesses do conjunto da classe trabalhadora e da maioria da população. E tinha condições para tudo isso porque, além de forte, o movimento dos professores não está sozinho.

Os movimentos de utentes em defesa do Serviço Nacional de Saúde, contra o encerramento dos serviços e pela abolição das taxas moderadoras já fizeram cair um ministro e continuam a mobilizar-se por todo o País. Os trabalhadores da Função Pública também estão a lutar contra as medidas do governo que implicam em desemprego, precariedade e baixos salários e querem agora impor o fim da contratação colectiva.

Mesmo no sector privado, pressionados pelo desemprego e pelas deslocalizações, os trabalhadores têm lutado. No final do ano passado, houve a greve da Valorsul por aumentos salariais, onde tiveram lugar piquetes de greve e enfrentamentos com a polícia. Em Março último, greves nas empresas de vidro de embalagem na Marinha Grande a na Figueira da Foz, igualmente por aumentos salariais, desafiaram a pressão dos patrões.

Negociar em vez de unir e continuar a luta

Para conseguir derrotar a política do governo e impor a saída da ministra da Educação, o movimento dos professores tinha, após o 8 de Março, de unir-se aos demais trabalhadores em luta e dar um salto na sua mobilização. Estava na hora certa, após o 8 de Março, da CGTP e demais direcções sindicais convocarem um grande protesto nacional, unindo sectore, contra o governo Sócrates e as suas políticas.

Mas não foi isso que as direcções sindicais, em particular a Fenprof, fizeram. Em vez de continuarem a “golpear” o governo, que nitidamente já estava na defensiva (a demissão de Correia de Campos, em Janeiro, foi um sinal importante neste sentido), aceitaram um acordo recuado que não satisfaz as reivindicações da classe; não só não chamaram à organização de uma greve como adiaram novas manifestações dos professores e privilegiaram as negociações com o Ministério da Educação.

Por isso, pela possibilidade que o movimento dos professores tinha de ter obtido uma vitória muito maior, este Acordo entre a Plataforma Sindical dos Professores e o Ministério da Educação foi muito mais vantajoso para este último do que para os próprios professores. Com este acordo, as direcções sindicais dão tempo para o governo se recompor e procuram arrefecer o impulso de luta dos professores. A avaliação caiu este ano, mas ela já tinha caído de facto em boa parte das escolas e, no próximo ano, segundo o Memorando, ela estará de volta. E ficam ainda de pé o novo modelo de gestão e a restante política do governo, além da própria ministra da Educação.

Isso não significa que a luta tenha que parar por aqui. Os professores conseguiram a maior vitória de sempre no 8 de Março ao colocarem na rua cerca de 2/3 do conjunto da sua classe; mostraram que são capazes de criar movimentos de base para organizar a luta quando as suas entidades sindicais não se demonstram capazes de o fazer; mostraram também, mais uma vez, que a luta dos trabalhadores é capaz não só de fazer tremer ministros, como o próprio governo.

Se com o “Memorando de Entendimento” o governo procura obter um alívio e desmontar o mais importante foco de conflito em ano pré-eleitoral, caberá aos professores nas escolas dar prosseguimento à luta e dizer não a este acordo. Assim como foram os professores, em seus movimentos de base por fora das estruturas sindicais, a arrastarem os sindicatos para a luta, terá que ser também pela base, em assembleias de escolas e regiões, que a classe terá que encontrar formas de luta para mostrar o seu desacordo e derrotar o acordo entre a Plataforma Sindical e o governo.